Blog Viewnet

Com o acesso à internet, a segurança digital de carros conectados é um novo motivo de preocupação para as montadoras. E dois hackers não vão descansar enquanto as montadoras não melhorarem os sistemas: Charlie Miller e Chris Valasek. Em reportagem com vídeo publicada no site da revista norte-americana "Wired", na última terça-feira (21), os dois invadiram e controlaram um Jeep Cherokee 2014, que era dirigido pelo jornalista Andy Greenberg, em uma rodovia a quilômetros de distância.
 
Com os hackers em uma casa, o experimento mostrou que é possível dar comandos em sistemas de conforto, como rádio e ar-condicionado, mas também para os freios, acelerador, transmissão e direção do veículo. Assista ao vídeo (em inglês) na Wired. O sistema invadido pelos hackers, o Uconnect, equipa carros de todo o grupo Fiat Chrysler (FCA), inclusive da Fiat - no caso, o 500L, modelo que não é vendido no Brasil.
 
Procurada pelo G1, a Chrysler do Brasil diz que o Uconnect com acesso à internet não é oferecido fora dos Estados Unidos. A versão que equipa carros vendidos no Brasil, incluindo o Jeep Renegade, é mais simples e não possui acesso à internet.
 
Meses atrás, Miller e Valasek informaram a FCA sobre a brecha e foi desenvolvida uma atualização para o sistema, que deve ser instalada pelos proprietários dos modelos sob risco.
 
De longe
Em 2013, Miller e Valasek fizeram um teste similar com Greenberg, mas os dois estavam dentro do carro, conectados ao sistema por meio de fio plugado a uma porta serial. Agora, eles mostram que é possível fazer isso pela internet, a quilômetros de distância do carro.
 
Segundo o relato do jornalista, até o momento em que eles estavam apenas brincando com o rádio, ar-condicionado e buzina foi divertido. A história mudou quando a transmissão foi desligada e o acelerador não funcionava no meio da rodovia.
 
Para Greenberg, o momento mais desesperador foi quando eles cortaram o sistema de freios, enquanto o SUV se encaminhava para uma vala à beira da estrada, em baixa velocidade.
 
Por enquanto, os hackers conseguem apenas controlar a direção quando o veículo está na marcha a ré, mas eles estão trabalhando para saber se é possível ter mais acesso aos controles. "É um tipo de falha que pode matar alguém", afirma Miller.
 
Brecha
A invasão foi possível por causa de uma brecha no sistema multimídia Uconnect Access, que permite acesso à internet. Com essa "porta de entrada", os dois reescrevem o código do chip que controla o sistema de entretenimento e mandam comandos para as outras centrais eletrônicas, que acionam peças mecânicas do veículo.
 
Como forma de pressionar as fabricantes, Valasek e Miller vão divulgar um passo a passo em evento de hackers no próximo mês, deixando fora o código usado no chip do sistema de entretenimento. Isto significa que, se outros hackers quiserem seguir o caminho, vão demorar meses para conseguir.
 
Outro lado
Em comunicado enviado ao G1, o grupo Fiat Chrysler (FCA), no entanto, discordou da decisão de divulgar os dados para outros hackers.
 
"Sob nenhuma circunstância a FCA tolera ou acredita que é apropriado divulgar instruções que potencialmente encorajariam ou ajudariam a permitir que hackers obtenham acesso não autorizado e ilegal aos sistemas dos veículos.".
 
"A companhia monitora e testa os sistemas de informação de todos os produtos da empresa para identificar e eliminar vulnerabilidades no curso normal do negócio. Assim como um smartphone ou tablet, o software do veículo pode exigir atualizações que melhorem a proteção", afirmou a FCA.
 
Valasek e Miller não são os primeiros a "invadirem" um carro à distância. Conforme a Wired, em 2011 um grupo de pesquisadores de 2 universidades norte-americanas já haviam controlado travas e freios de um sedã, mas não divulgaram o modelo
 
Fonte: G1

Postado por Elisandro Lima

Morbi sodales lorem lacus, non sodales nisi congue id. Duis eget ultrices massa, nec viverra lectus. Nulla facilisi. Quisque quis fringilla velit, sit amet tempor mauris. Ut ac ornare diam, et volutpat ante. Pellentesque mauris elit, bibendum vel hendrerit eu, placerat at metus. In a nibh nulla.


Deixe seu comentário

Topo